Vitiligo é uma condição crónica caracterizada por áreas de despigmentação da pele.[1] As áreas afetadas tornam-se brancas e geralmente apresentam margens bem delimitadas.[1] Os pelos da pele podem também tornar-se brancos.[1] A condição pode também afetar o interior da boca e do nariz.[2] Geralmente afeta os dois lados do corpo.[1] Em muitos casos, a despigmentação começa em áreas de pele expostas ao sol.[2] A condição é mais evidente em pessoas com pele escura.[2] O vitiligo pode causar estresse psicológico e as pessoas afetadas podem ser alvo de estigma social.[1]
Desconhecem-se as causas exatas da condição.[1] Acredita-se que possa ser uma doença autoimune com origem na ação de fatores ambientais em pessoas com predisposição genética.[1][2] A despigmentação é o resultado da destruição das células que produzem a melanina.[2] Entre os fatores de risco estão antecedentes familiares da doença ou ter outras doenças autoimunes, como hipertiroidismo, alopecia areata e anemia por deficiência de vitamina B12.[2] O vitiligo não é contagioso.[4] A condição pode ser classificada em dois tipos principais: segmentar e não segmentar.[1]
A maior parte dos casos são não segmentares, o que significa que afetam
ambos os lados do corpo. Nestes casos, a área de pele afetada
geralmente vai aumentando com o tempo.[1]
Cerca de 10% dos casos são segmentares, o que significa que geralmente
envolvem apenas um lado do corpo. Nestes casos, a área de pele afetada
geralmente não aumenta.[1] O diagnóstico pode ser confirmado com uma biópsia aos tecidos.[2]
Não existe cura para o vitiligo.[1] Em pessoas de pele clara, geralmente recomenda-se apenas a utilização de protetor solar e maquilhagem.[1] Entre outras opções de tratamento estão a aplicação de pomadas de esteroides ou fototerapia para escurecer as áreas despigmentadas.[2] Em alternativa, podem ser tentadas medidas para clarear as áreas de pele não afetadas, como com hidroquinose.[2] Para pessoas que não melhoram com outras medidas estão disponíveis opções cirúrgicas.[2] A associação de tratamentos geralmente melhora o prognóstico.[3] O aconselhamento psiquiátrico pode ajudar a lidar com o stresse psicológico.[1]
O vitiligo afeta cerca de 1% da população mundial.[3] Em alguns grupos, a incidência da condição pode ser de 2-3%.[5] A condição afeta homens e mulheres em igual proporção.[1] Cerca de metade das pessoas afetadas desenvolve a condição antes dos 20 anos de idade e a maioria antes dos 40.[1] As primeiras descrições de vitiligo datam da Antiguidade.[1]
Classificação
O vitiligo possui características diferenciadas, e assim possuindo
formas distintas, isso se deve por conta do meio que esta doença se
comporta, onde que varia em certos indivíduos, principalmente na área
afetada.[6]
Certos indivíduos possuem maiores áreas dessas manchas e locais
diferentes de propagação, por conta deste fator o vitiligo foi dividido
em dois tipos, o localizado e generalizado, que por consequência foi
subdivido em mais grupos.[6]
Vitiligo localizado
Vitiligo segmentar
Fazendo parte do vitiligo localizado, possui manchas que não se
destacam tanto, este vitiligo tem características de atacar uma única
parte do corpo, geralmente áreas em que são compostas por nervos que
saem diretamente da coluna vertebral, conhecidas como dermátomos. Este
tipo de vitiligo possui uma maior chance de repigmentação da área
afetada, fazendo assim que o tratamento com radiação U.V seja eficaz.
Vitiligo Focal
Faz parte do vitiligo localizado, não possuem divisões distintas, podem ter uma única mancha ou várias em locais espalhados.
Vitiligo Generalizado
Vitiligo Vulgar
Este tipo de vitiligo possui manchas simétricas que agem nos dois
lados do corpo, são distribuídas mais comumente nas mãos, pés, olhos,
genitais e nariz. É considerado o tipo mais comum de vitiligo e faz
parte do vitiligo generalizado.
Vitiligo Acrofacial
Esta subdivisão é caracterizada pelo aparecimento de manchas no
pescoço, rosto, pernas, mucosas e regiões salientes das mãos. Faz parte
do vitiligo generalizado.
Vitiligo Misto
Caracterizado pela predominância dos dois tipos de vitiligo, o
localizado e o generalizado, que por consequência possuem
características das suas devidas subdivisões.
Diagnóstico
Por se tratar de uma doença cutânea de características obvias, o seu
diagnostico clinico acaba se tornando mais um fator que confirmará a
doença. Biópsia
se torna um teste de verificação quando necessário e neste mesmo
mostrará se há a falta de células responsáveis pela produção de
melanina.
Tratamento
Existem inúmeras opções terapêuticas para o vitiligo, a saber: corticosteroides, imunomoduladores, helioterapia, PUVA e enxertos cirúrgicos. Esteroides
têm sido usados para remover as manchas brancas, porém não são muito
eficientes. Outro tratamento mais radical é tratar quimicamente para
remover todo o pigmento da pessoa para que a pele fique mais uniforme.
As terapias psicológicas também têm mostrado bons resultados, uma vez que há uma ligação intrínseca entre estresse e a saúde da pele.[7]
Prognóstico
A princípio, o vitiligo é um distúrbio crônico. Existem vários tipos
clínicos de vitiligo, cada qual com prognóstico próprio. Porém,
dependendo do seu tipo clínico, pode haver regressão espontânea ou a
partir de tratamento médico. O vitiligo pode permanecer focal
indefinidamente ou se generalizar.
Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitiligo
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